quarta-feira, 4 de junho de 2014

TIANANMEN

            Ver um governo de trabalhadores disposto à justa distribuição da riqueza implantar-se em países com a dimensão do império russo ou do império chinês, foi um sonho imenso. Pela primeira vez era possível. Mas o sonho depressa se tornou num pesadelo. Em todos os países em que o socialismo com vista ao comunismo se implantou, os governos, todos sem excepção, se tornaram tirânicos, déspotas, cruéis e assassinos. O trabalhador: um mero número de estatística. Uma esperança esfrangalhada pelos próprios dedos dos que prometeram o paraíso. Ficámos órfãos dessa esperança.
Um só estudante enfrentando carros de combate na luminosa praça da Paz Celestial! Que o seu rosto não tenha ainda substituído os ícones de Mao e de Che, escandalosamente exibidos em posters e t-shirts, é uma afronta que só aumenta o sentimento de orfandade.
Tiananmen foi há 25 anos.
“Lá, sobre as montanhas do Oriente a cegonha cantou mas Abril não floriu e a neve não derreteu…” da ópera Turandot de Puccini
 


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