quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O QUE SE APRENDE COM OS GREGOS


Sempre entendi que estudar os gregos era tarefa indispensável a quem quisesse perceber o mundo que nos rodeia. A recente vitória do Syriza veio confirmar a minha tese. A par de Sófocles e de Homero tem a história grega actual muito que nos ensinar. Desde logo a rapidez com que se demite um parlamento e um governo, fazem-se eleições e dá-se posse a um novo governo. Não chegou a perfazer um mês. Se aprendêssemos como se faz, talvez que o caso da Madeira não se arrastasse por três meses como tudo indica que acontecerá.
Outro ensinamento é como acabar com os partidos do arco da governação. Dizem os que não fazem parte do tal arco que a culpa é desses partidos que se substituem uns aos outros na dança dos governos. Não se atrevem a dizer que a culpa é do eleitorado mas é o que lemos nas entrelinhas. Fizessem como o Syriza, isto é, apresentassem ao eleitorado uma vontade firme em querer ser governo e o eleitorado talvez partisse o tal arco como fez na Grécia.
Mas não somos a Grécia. Os partidos de fora do arco da governação preferem a comodidade da oposição e nunca mostraram disposição para serem governo, e o eleitorado sabe-o bem!
Não foi por acaso que Ulisses fundou Lisboa. Só lhe aprendemos as manhas!

2 comentários:

  1. Pois... mas aqui no nosso pequeno rectângulo "cerâmico" os bons costumes ainda imperam. Além disso não existe quem não seja um Pedropolus ou um Antoniopolus, pelo menos nas alternativas disponíveis, que para ser verdadeiro também não as existe.

    Parta-se a loiça que se partir, que os cacos continuam a ser sempre tão iguais.

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    1. Às vezes a única solução é mesmo a de partir a loiça.

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