Hoje não vou falar dos meus desejos
para o ano de 2013, mas posso adiantar que em nenhum cabe uma carteira chanel.
Também não vou comentar a situação do Zico, ou a reforma de políticos na flor
da idade, e nem falar dos políticos assessorados por miúdos com salários
milionários. Se pensam que será do relatório do FMI que alguém disse ser muito
bom, talvez porque o inglês técnico não fosse suficiente para ler os erros lá
incluídos, enganam-se.
Vou falar da iniciativa da secretaria
de estado da cultura, de dedicar o ano à arquitectura portuguesa. Falar não
será o caso mas tão só uma reflexão.
É
comum entender-se o objectivo da arquitectura como a construção da casa
(abrigo), relacionada com o fogo (o lar) e daqui saltar-se para o altar onde se
liga o céu e a terra. Mas foi ao ler um post no blogue “A Montanha Mágica” que
me deparei com a melhor definição de arquitectura: a de Michel Freitag: O verdadeiro acto construtor…não foi a obra
que edificou uma cabana entre as árvores, mas a que abriu e circunscreveu uma
clareira na floresta.
Ao
criar a clareira na floresta o Homem construiu o espaço de reunião e decisão; O
espaço do fogo; O espaço de ligação entre o Céu e a Terra.
A esse espaço chamaram os romanos
“templum”, o espaço sagrado!
Em suma, não é quando o animal se
refugia na floresta mas quando rompe com ela que se faz Homem, fazendo
arquitectura.
No blogue que citei, o post termina com
uma provocação: “esta semana quantas vezes já te apeteceu subir a uma árvore?”
Eu, lendo o que escrevi no primeiro
parágrafo, e no meio desta arquitectura
portuguesa, só posso responder: muitas vezes!
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