domingo, 13 de janeiro de 2013

ARQUITECTURA PORTUGUESA

 
Hoje não vou falar dos meus desejos para o ano de 2013, mas posso adiantar que em nenhum cabe uma carteira chanel. Também não vou comentar a situação do Zico, ou a reforma de políticos na flor da idade, e nem falar dos políticos assessorados por miúdos com salários milionários. Se pensam que será do relatório do FMI que alguém disse ser muito bom, talvez porque o inglês técnico não fosse suficiente para ler os erros lá incluídos, enganam-se.
Vou falar da iniciativa da secretaria de estado da cultura, de dedicar o ano à arquitectura portuguesa. Falar não será o caso mas tão só uma reflexão.
          É comum entender-se o objectivo da arquitectura como a construção da casa (abrigo), relacionada com o fogo (o lar) e daqui saltar-se para o altar onde se liga o céu e a terra. Mas foi ao ler um post no blogue “A Montanha Mágica” que me deparei com a melhor definição de arquitectura: a de Michel Freitag: O verdadeiro acto construtor…não foi a obra que edificou uma cabana entre as árvores, mas a que abriu e circunscreveu uma clareira na floresta.
          Ao criar a clareira na floresta o Homem construiu o espaço de reunião e decisão; O espaço do fogo; O espaço de ligação entre o Céu e a Terra.
A esse espaço chamaram os romanos “templum”, o espaço sagrado!
Em suma, não é quando o animal se refugia na floresta mas quando rompe com ela que se faz Homem, fazendo arquitectura.
No blogue que citei, o post termina com uma provocação: “esta semana quantas vezes já te apeteceu subir a uma árvore?”
Eu, lendo o que escrevi no primeiro parágrafo, e no meio desta arquitectura portuguesa, só posso responder: muitas vezes!



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