sexta-feira, 11 de abril de 2014

REFLEXÕES QUARESMAIS VI

 
            (leituras: 1 Is 50,4-7
Sl 22 (21)
Fl 2,6-11
Mt 26,14-27,66)
 
Vendemo-lo por trinta dinheiros, e repetidamente o negamos.
Humilhou-se e calou-se. Não respondeu às acusações que lhe faziam.
Esperava talvez pelo testemunho dos amigos de Lázaro.
Ou o de Jairo, a quem salvou a filha.
Talvez que o paralítico de Cafarnaum corresse agora em seu auxílio!
E Pedro, que fora tão lesto com a espada? Porque se acobardava ele entre os servos no pátio?
 
 Ofereceu-se em holocausto por nós, mas em vez dele escolhemos o assassino lavando as mãos.
 
O que sinto eu quanto canta o galo?
Ouvirei o seu grito de auxílio? Um grito que diz para não seguir o seu exemplo de humilhação e de silêncio, mas que me levante para o afirmar e gritar pela justiça que lhe negaram, oferecendo a vida pelos outros, se preciso for?
Ou continuo a negá-lo?
 
É que sempre é mais barato na loja, quando esquecemos o sofrimento de quem produz a baixo custo.



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